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Só leia se você conhecer alguém que esteja pensando em desistir.



Estou no mercado há mais de 20 anos e me sinto bem à vontade para falar sobre como lidar com dificuldades ao empreender.


Costumo dizer que, se eu tivesse tido a chance de começar minha empresa do zero, teria partido bons passos à frente do ponto de onde comecei. Mas, este não é o momento de falar dos muros que tive que transpor para chegar até aqui, mas sim para dizer sobre os novos horizontes que pude enxergar do alto de cada superação.


Hoje eu tenho a honra e a alegria de apoiar outros empreendedores para criarem valor para suas empresas e às vezes, sem nenhum exagero, cumpro a função de ser ‘’a última cartada’’ antes do apagar das luzes. Isso exige de mim mais do que competência. Exige também coragem para embarcar com tudo em uma missão de resgate. Para falar a verdade, eu nem penso duas vezes.


Recebi este tipo de apoio nos meus momentos mais difíceis e, desde então, eu tenho agarrado cada oportunidade de contribuir como mais uma chance que a vida está me dando para retribuir e me levar para frente.


Pela minha experiência, quando estamos em perigo tudo o que a gente deseja é que a ajuda chegue rápido mas infelizmente - na maioria das vezes por engano - alguns movimentos afastam o resgate. Isso pode parecer um tanto controverso mas, quando alguém está passando por dificuldades e sente-se sozinho, são grandes as chances de estar incidindo em um ou mais destes 6 comportamentos ‘’afastadores de auxílio’’:


1) Tentar evitar que as pessoas conheçam suas fragilidades. Muitas vezes o resgate vem de onde nem imaginamos. Nem sei dizer quantos grandes novos amigos fiz durante momentos de dificuldade. Acredito cada vez mais que o bem não só atrai o bem como afasta o mal quando deixamos as máscaras de lado. É preciso muita atenção para, nos momentos de dificuldade, não enxergarmos o mal no bem das pessoas que querem nos auxiliar.


2) Isolamento. Às vezes precisamos mesmo nos acolher, sentir a dor sem resistência e dar permissão para que ela se vá. Porém, quando nos isolamos, podemos estar criando uma barreira entre nós e as pessoas que mais querem colaborar para superarmos nossos desafios.


3) Rejeitar novas responsabilidades. Uma das afirmações mais comuns que ouço é ‘’eu não posso assumir mais nada.’’ Também já fiz essa afirmação e digo que isso é fortemente limitador. O céu desabando sobre nossas cabeças, a vida tentando mostrar outros caminhos de oportunidades e nós presos em um ponto de vista fixado. ‘’Enquanto não resolver isso, não assumirei mais nada!’’. Está aí uma afirmação que nem de longe agrega recursos suficientes para provar a si mesma como verdadeira. Hoje, se eu estou passando por algo desafiador, a primeira coisa que faço é olhar em volta e buscar uma oportunidade de assumir uma nova responsabilidade alinhada com o meu propósito, na maioria das vezes de forma até voluntária. Quer sair logo do buraco? Pratique o bem, pratique o bem, pratique o bem...


4) Confundir padrão de vida com padrão de consumo. Padrão de vida é o nível de dedicação e compromissos assumidos com aquilo que alguém considera que edifica sua vida. São ações baseadas em valores. Padrão de consumo é o nível de dedicação e compromissos que alguém assume para sustentar uma determinada realidade de compras para consumo. São ações baseadas em preços. Geralmente por culpa, raiva, medo ou tristeza, muita gente tem reduzido o padrão de vida no momento em que mais precisam fortalecer valores.


5) Trabalhar para pagar e não para ganhar. Quando a dificuldade é financeira e o boleto no final do mês torna-se a meta, este comportamento esconde o perigo iminente de anular a ousadia, a imaginação e a motivação necessárias para devolver seu potencial de expansão. É um sinal de que a mente saiu do modo criativo para o modo defensivo.


6) Comparação. É natural, mas não necessariamente positivo. As coisas não vão bem e a pessoa começa a olhar para os lados. Todos à sua volta estão crescendo, viajando, trocando de carro, investindo, indo a festas, restaurantes, etc. Aí vem a mente e diz: ‘’Como pode? Como eles fazem isso e eu aqui sofrendo?’’ O problema aqui nada tem a ver com os outros, mas sim com o filtro de tradução da realidade da pessoa que está se sentindo no escuro e frio quartinho da dificuldade. A mesma informação que poderia ser uma grande inspiração – o sucesso do outro - começa a ganhar forma de indicadores de fracasso. ‘’Se eles conseguem, por que eu não consigo?’’.


Estes são alguns dos sinais comuns que tenho visto distanciarem ainda mais empreendedores do progresso. Se você conhece alguém que se encaixa em algum dos padrões acima, ofereça apoio.


Precisamos fortalecer uns aos outros e criar uma comunidade forte para levarmos o progresso à nossa e às futuras gerações. Estou aqui para conversarmos mais sobre isso.

Acredito, do fundo do meu coração, que juntos podemos criar uma realidade ainda melhor em que as pessoas possam não só ter mais oportunidades para serem as melhores no que fazem, mas para que também sejam valorizadas e reconhecidas por estarem fazendo. Sonhe grande. Pratique o bem. Vamos em frente.


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